Páginas

domingo, outubro 25, 2009

Invisível

Faz um tempinho que criei este espaço para mim, mas quase não tenho aproveitado ele para as coisas que eu havia planejado fazer. Já criei até um outro blog, com uma proposta diferente, que mostra um outro lado meu que gostaria muito de realizar...mas ainda não tá pronto, então não ta liberado pra ninguém ver ainda.
Eu tenho tantas idéias malucas na minha cabeça, que as vezes preciso parar pra anotar tudo em algum lugar, para que a idéia não se perca em meio ao meu corre-corre diário.


Mas hoje o que me traz a escrever é uma coisa que andei pensando e que chamou minha atenção. Sabe quando você se interessa pela reação das pessoas em determinadas situações ou lugares, ou idades? Bom estou assim. Se eu pudesse seria invisível pra poder observar tudo o que considero interessante. As pessoas se comportam de maneira tão intrigante. Não sei se na verdade isso seria estudo para um antropólogo, psicólogo, ou psiquiatra, mas me chama muito a atenção o comportamento das pessoas quando saem a noite, por exemplo. Todos querendo ficar impecáveis. Mostrar o melhor de si. Causar impacto. Alguns até conseguem, mas outros morrem na praia tentando (ou não).
Se resguardam dentro de seu grupinho - sim, porque ninguém vai a boate sozinho, vamos combinar, ne?- e ficam lá, temendo cometer alguma gafe ou fazer algo errado que estrague sua noite.
Como eu disse, se eu pudesse ser invisível, tiraria uma dessas pouquíssimas vezes que vou somente para observar tudo isso. Agora se eu fosse fada madrinha, aí eu além de observar, até tentaria encaminhar alguns enroladinhos (haha). Mas é assim mesmo, não é? Tenho certeza que eu mesma ainda tenho meus receios em qualquer situação nova que possa ser desconfortável. Embora muita coisa já tenha mudado. Muita mesmo.
O bom é que cada um possa aprender com seus erros e frustrações e que saibam usar isso para rever conceitos e atitudes.

Eu tenho algumas frases de efeito na mente, sabe? Coisa do tipo tá na chuva? Se molha de vez! Você não agrada todo mundo sempre, então se for pra levar culpa/fama por algo, que seja levando por ter feito (concorda?). Ok, isso pode não funcionar pra todas as situações, mas as pessoas precisam ter uma idéia do que é ser livre de você mesmo. Bom, eu não sei se já consegui isso por completo (sempre fica um resquício, não dá pra ligar o botão do f___-se toda vez que você gostaria).
É, acho que era isso que eu queria falar.
Tchau.

terça-feira, outubro 20, 2009

Quero

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.


Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.























Faz tempo que nao venho por aqui...
ultimamente tem tanta coisa "importante" aparecendo pra fazer
tanta que chega a me dar dor de cabeca
infelizmente precisamos nos tornar pessoas "serias"
mas li este poema do Drumond, que eh um dos meus poetas favoritos,
e achei que valeria a pena passar aqui para dividi-lo com voces/ comigo mesma.



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...